Com a conversão acelerada do mundo físico com o digital – phygital – é natural e fascinante acompanhar a evolução das criptomoedas nos últimos anos. A sensação é de que o assunto está se multiplicando, passando do domínio de especialistas em finanças e tecnologia para um público maior de investidores, empreendedores e consumidores. Agora, vejo com otimismo um avanço importante também para dentro do ecossistema dos meios de pagamentos. A Visa vem buscando ocupar um lugar de destaque e protagonismo também nessa área financeira.
Importante deixar claro que o conceito de digitalização do dinheiro já está em marcha há bastante tempo, com a crescente substituição das cédulas de papel, mesmo antes do lançamento das criptomoedas. É só você parar e pensar quanto efetivamente no seu dia a dia utiliza papel moeda e quanto utiliza os chamados meios digitais e eletrônicos de pagamentos.
Existe também o CBDC (Central Bank Digital Currency), que são moedas Fiat emitidas por Bancos Centrais em formato digital, no lugar de ou como complemento da moeda física. Apenas os Bancos Centrais podem emitir CBDCs. Não costumam usar blockchain, mas podem conviver com essa plataforma. Os respectivos BCs mantêm reservas e depósitos como garantia.
E o cenário evolui a cada dia. O importante é enxergar como mais um passo importante no caminho de digitalização do dinheiro, algo inevitável se pensarmos sempre em uma sociedade democrática, inclusiva e digital. Por isso, é preciso garantir a transparência, sobretudo quanto à atuação de órgãos reguladores, a segurança e a conveniência no tratamento dessa nova forma de enviar e receber pagamentos. Estamos entusiasmados com o que temos pela frente.
Em nosso primeiro projeto que roda nos EUA, a Visa pretende passar a permitir o uso da moeda USDC (uma stablecoin) habilitando mecanismos para liquidar esse tipo de transação sempre observando rígidos padrões de segurança. Com isso, consumidores poderão optar em comprar usando moedas fiduciárias ou stablecoins, e estabelecimentos comerciais poderão acessar e integrar funcionalidades de criptomoedas em seus produtos e serviços. É um grande avanço se pensarmos que nossos clientes, sejam consumidores ou estabelecimentos comerciais, focam suas demanas em: inovação aberta e direito de escolha!
A seguir, faço uma breve reflexão sobre alguns princípios que surgem quando falamos de criptomoedas:
1. Bitcoin, stablecoin… afinal, qual é a diferença entre elas?
2. O que é um CBDC?
3. E o que blockchain tem a ver com tudo isso?
4. O que eu ganho, como emissor, empreendedor ou consumidor, ao aderir às criptomoedas?
5. Essa evolução representa o futuro do dinheiro?
De lá pra cá, estamos vendo uma aceleração desse movimento. Nosso papel é construir mais pontes a fim de tornar a rede ainda mais acessível para o crescente ecossistema de empresas criptonativas, cujas soluções são desenvolvidas do zero com moedas digitais.
No estudo Visa COVID-19 Consumer Sentiment***, sobre as preferências dos consumidores durante a COVID-19 na América Latina e no Caribe, vimos que 25% dos consumidores que usam carteiras digitais estão dispostos a experimentar o uso de criptomoedas.
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