A pesquisa também descobriu que enquanto 56% dos varejistas com alta performance, também conhecidos como os ‘Varejistas Vencedores’*, utilizam tecnologia para modelar planos de mitigação de riscos nas suas cadeias de suprimentos, 31% não fazem o mesmo. Em geral, 56% dos entrevistados estão lutando pela habilidade de responder rapidamente às mudanças, e a falta de flexibilidade teve um custo durante as disrupções, como a da COVID-19, com muitos deles experimentando resultados de grandes quedas em suas receitas.
Adicionalmente, 73% dos ‘Varejistas Vencedores’ contam com a previsão e habilidade de monitorar a capacidade, permitindo que estejam preparados às mudanças repentinas na oferta e na demanda, em comparação à 35% dos ‘Outros’ ou ‘Varejistas de Baixa Performance’. Este é um indicador claro de que os ‘Varejistas Vencedores’ estão ultrapassando a concorrência ao prever e se preparar para o futuro. No entanto, sem a habilidade para adaptar-se a estes picos repentinos por meio dos planos de contingência, a previsão não terá muita utilidade. Por isso, ambos devem estar fortemente relacionados para “produzir” um ‘Varejista Vencedor’.
A COVID-19 ilustrou com maior profundidade que, a partir de agora, os varejistas devem ajustar-se ao mundo “nunca normal” em que vivemos hoje, e precisam atuar de uma forma consistente para permitir uma resposta mais rápida e direcionada ao sucesso. Sempre existirão variações de mercado e disrupções, o que significa que os varejistas devem ser capazes de prever estas mudanças e se adaptarem rapidamente. Em uma última análise, isto não é uma novidade. Enquanto a COVID-19 acelerou certas mudanças, como por exemplo, a transição para o e-commerce, os hábitos do varejo já estavam se transformando e a necessidade de adaptação já era uma preocupação relevante.
A seguir, relacionamos o que o estudo encontrou quando foi observado o que os ‘Varejistas Vencedores’ estavam fazendo para se destacar:
• 53% dos ‘Varejistas Vencedores’ investiram em cientistas de dados com experiência em análises de dados e ferramentas de modelamento, enquanto apenas 22% dos varejistas de baixa performance fizeram o mesmo;
• 80% dos ‘Varejistas Vencedores’ considera “de alto valor” o modelamento da previsão de demanda utilizando indicadores macro, enquanto apenas 65% dos varejistas de alta performance considera o mesmo.
• 53% dos ‘Varejistas Vencedores’ classificam as questões geopolíticas como tarifas; guerras comerciais e mudanças rápidas na demanda do consumidor como seus três principais desafios, enquanto apenas 23% dos varejistas de baixa performance classificam o mesmo.
• Enquanto 46% dos varejistas que apresentam média ou baixa performance estão agarrados ao “velho normal” e focados em custo (em detrimento da flexibilidade), somente 38% dos ‘Varejistas Vencedores’ fazem o mesmo.
Ao invés de implementar novas tecnologias de IA e analíticas que permitem com que as organizações estejam mais bem preparadas para o futuro, os varejistas de baixa performance estão lutando para deixar para trás as estratégias que focam em encontrar um ponto de custo mínimo de fabricação, baseando-se em “produto por produto”. O contraste é nítido: aqueles que podem preparar-se para o inesperado – vencerão. Já os que são incapazes de adaptar-se – falharão.
Enquanto alguns varejistas estão mais à frente em termos de habilidade técnica, o estudo mostra que a indústria do varejo como um todo, tem muito espaço para melhorias. Por exemplo, mais de 50% de todos os varejistas entrevistados disseram que seus sistemas atuais estão causando um problema “grande” ou “relevante” em todas as 10 capacidades da cadeia de suprimentos que foram apresentadas a eles. Além de que 13% dos varejistas ainda nem planejam investir em tecnologia.
“É perceptível que a digitalização se tornou um caminho sem volta. Neste cenário, não há dúvidas de que a empresa que utilizar tecnologia de ponta e trabalhar melhor seus dados se destacará no mercado. A pesquisa mostrou que muitos países se destacaram no varejo e no Brasil não foi diferente, principalmente pelo ‘boom’ do e-commerce”, comenta Max Mascarenhas, Vice-Presidente de Vendas Latam da LLamasoft.
Com a mudança de hábitos do varejo e o processo acelerado pelos impactos da COVID-19, os atuais ‘Varejistas Vencedores’ estão preparados para triunfar mais uma vez. Os compradores estão rapidamente migrando para o e-commerce, uma mudança que sem dúvida contribuirá para as flutuações na oferta e na demanda. Varejistas com tecnologia para prever estas mudanças, modelar planos e opções de contingência, e rapidamente adaptar sua estratégia da cadeia de suprimentos para atender à nova demanda e ainda evitar o excesso de suprimentos, serão vencedores. Aqueles que não forem capazes, arriscam-se a serem deixados para trás com vendas abaixo das metas e perdas ocasionadas pelo desperdício.
Esta pesquisa demonstra que existem nítidas variações de performance entre os ‘Varejistas Vencedores’, que estão tirando grande proveito das tecnologias preditivas e das plataformas de tomada de decisão corporativas para entregar respostas mais rápidas e inteligentes às disrupções e novas oportunidades, em comparação aos que ainda o não fazem.
*Na pesquisa global do varejo, a RSR frequentemente cita as diferenças entre empresas de alta performance comparando suas vendas e de seus concorrentes ano após ano. A RSR notou que uma performance de vendas consistente está relacionada ao resultado diferenciado de um conjunto de processos, estratégias e táticas. Eles nomearam estes que possuem alta performance de vendas comparáveis com o termo “Varejistas Vencedores”. “A definição da RSR para este Vencedores é: considerando um crescimento comparável médio das vendas da loja/canal do setor de 4,5%, foi então apontado que aqueles com vendas acima deste patamar seriam os “vencedores”, aqueles com vendas neste patamar seriam os “médios” e aqueles abaixo deste patamar de vendas seriam os “retardatários” ou “todos os outros”.
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