Por Samir Mazzer Chuffi, líder de Soluções de Vendas de Serviços em Cloud da SoftwareONE, provedora global e líder em soluções de ponta-a-ponta para softwares e tecnologia de nuvem.
Não é segredo que acompanhar as tendências de transformação digital e investir em tecnologias de ponta são a chave para manter a competitividade das empresas no mercado. Nesse sentido, o conceito de hiperautomação tem ganhado força na agenda corporativa, uma vez que contribui estrategicamente para a aceleração do desenvolvimento dos negócios.
De acordo com uma recente previsão divulgada pelo Gartner, o mercado mundial de softwares de hiperautomação deve aumentar 23% até 2022, chegando à US$ 596,6 bilhões. Este crescimento deve-se ao desejo das empresas em aumentar seu posicionamento de marca perante aos clientes, melhorar sua eficiência, reduzir custos operacionais e principalmente, ampliar de forma consistente e segura os resultados dos negócios. Neste cenário atual tão intenso, competitivo e dinâmico, a adoção da hiperautomação tornou-se um elemento primordial para que organizações se destaquem no mercado de tecnologia.
Evolução da automação para a hiperautomação de processos
É importante ressaltar que a hiperautomação não se trata apenas da Automação de Processos Robóticos (RPA), área de alto investimento nos últimos anos. Se antes a automação concentrava-se na utilização de tecnologia com o objetivo de executar tarefas repetidas que exigem esforço manual, a chegada da hiperautomação trouxe um olhar ainda mais amplo e complexo.
O novo conceito inclui diversas tecnologias alinhadas e simultâneas, como Aprendizado de Máquina (Machine Learning) e, por consequência, a Inteligência Artificial, com a identificação dos principais padrões em políticas orientadas a dados, arquitetura de software ágil e suítes de gerenciamento de processos. A hiperautomação, como um todo, oferece às companhias uma estratégia abrangente para escalar rapidamente suas operações, atingindo assim, um alto nível de eficiência e entrega.
A questão é que a hiperautomação baseia-se no valor do negócio. Ou seja, além de contemplar uma base de tecnologias de automação de processos, a hiperautomação compreende novos recursos capazes de identificar, priorizar e monitorar os processos automatizados de maneira unificada, além de gerar análises mais assertivas e aprofundadas.
Conceitos chave da hiperautomação
A hiperautomação, também conhecida como automação inteligente, possui cinco conceitos chave que aprimoram a operação das empresas. O primeiro é a Automação de Processos por Robótica, que elimina a perda de tempo com tarefas repetitivas. Já as Abordagens de Low Code contribuem para a criação de suporte tecnológico de aplicativos para atividades centradas em dados, promovendo uma evolução mais rápida para as organizações. Os Serviços Cognitivos introduzem recursos inovadores como o Machine Learning para os principais processos de negócios, e o Fluxo Automatizado viabiliza a conexão entre aplicativos, permitindo assim a Orquestração dos Processos de Negócios.
As previsões do Gartner apontam que até 2025, mais de 90% das empresas contarão com um arquiteto de automação, o que reforça a importância estratégica do conceito hiperautomação para o sucesso dos negócios. Essa combinação de inteligência humana e artificial implica não apenas em uma mudança de longo alcance na estrutura das organizações, como reforça a tendência de que, ao implementar serviços automatizados de maneira inteligente, passamos para um próximo nível na jornada de evolução tecnológica, na qual as operações serão transformadas em centros de apoio de negócios prontos para o futuro.
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