A pesquisa McAfee Global Trends 2022 revela maior risco percebido dos consumidores em relação à exposição e ameaças online para indivíduos e familiares, e um desejo correspondente de investir em proteção online. Essas descobertas ocorrem à medida que mais usuários mudam suas rotinas diárias on-line, com maior uso de internet banking, mais investimento em ativos virtuais e proliferação de atividades on-line devido à COVID-19. A pesquisa foi realizada em novembro de 2021 e contou com a participação de 10.000 pessoas em diversos países, incluindo o Brasil.

Em território nacional a tendência global de maior preocupação com a segurança online também se repete. A segurança e a sensação de segurança parecem ter um valor intrínseco para os brasileiros. Em uma série de perguntas no formato “ou isso, ou aquilo”, os consumidores repetidamente escolheram “proteção” em vez de “conveniência”. Por exemplo, ao serem solicitados a escolher entre conectar-se com outras pessoas de qualquer lugar ou estarem sempre totalmente protegidos, a resposta foi muito favorável a uma proteção forte (65%) ao invés de uma conexão fácil (22%). O mesmo sentimento se estendeu ao trabalho, cuja resposta “reuniões de trabalho que são contínuas e sem falhas” ficou significativamente para trás, com 18%, quando comparada a “reuniões com garantia de segurança”, com 66%.

Esta preocupação também se destaca na relação entre custos e segurança. Ao serem solicitados a escolher entre economia de custos e segurança, os consumidores ainda favoreceram muito a proteção:

– Na disputa entre a oferta de serviços bancários com taxa zero ou totalmente seguros, apenas 18% optaram por taxas zero, enquanto 69% optaram por sua segurança.

– 71% dos entrevistados disseram que pagariam 10% a mais por uma compra segura, enquanto apenas 13% disseram que correriam o risco de vazar informações de contato para conseguir uma compra a um preço mais baixo.

Além de expressar uma preferência declarada por segurança em seus serviços bancários e compras on-line, os consumidores pagarão a mais por aplicativos e serviços que os protejam. 64% dos consumidores disseram que resolveram os riscos de segurança e privacidade usando novas ferramentas em seus dispositivos, como VPN, aplicativos de antivírus, firewalls, serviços de monitoramento de crédito, entre outras.

“A Pesquisa McAfee Global Trends 2022 nos mostra que o consumidor vem se educando e se preocupando mais com a sua segurança e a segurança da sua família no ambiente digital. É um movimento encorajador, que reflete um amadurecimento nos hábitos dos consumidores brasileiros.”, afirmou Paula Xavier, Head of Marketing Latam, da McAfee no Brasil.

“Quase todos os aspectos de nossas vidas agora cruzam o mundo digital. Isso exige que maiores níveis de informações sejam compartilhados com um número crescente de aplicativos e organizações por meio da Internet. A proteção dessas informações requer uma combinação de arquitetura de segurança forte de aplicativos com boa higiene do usuário, como senhas fortes e autenticação multifator”, disse Steve Grobman, vice-presidente sênior e diretor de tecnologia da McAfee. “A perda potencial de informações pessoais confidenciais é uma grande preocupação para nossos clientes e suas famílias. Nossa missão é educar as pessoas e fornecer ferramentas para fornecer privacidade e proteção para permitir que os clientes maximizem com segurança os benefícios do nosso mundo digital.”

Outro tema recorrente em toda a pesquisa foi uma mudança para estar totalmente protegido em relação a outros benefícios, como conveniência e custo. Essa ênfase na proteção forte é particularmente aguda na área da saúde, para a qual 69% dos entrevistados optaram por manter suas informações privadas e seguras, em detrimento da utilização de novos recursos como IA.

Outras tendências

Rejeição aos jogos free-to-play

A privacidade continua sendo um problema do consumidor, com 24% dos entrevistados dizendo que sentem que os riscos à sua privacidade on-line aumentaram. Os gamers que participaram da pesquisa também compartilham esse sentimento, particularmente em uma contexto em que muitos dos chamados jogos “gratuitos” têm na verdade um preço escondido: a captura e possível revenda de informações pessoais a terceiros.

Quando conscientizados de possíveis problemas de privacidade, a maioria dos gamers em nossa pesquisa disse que se protegerá. A pesquisa perguntou se eles “experimentariam o mais novo jogo on-line compartilhando suas informações pessoais” ou “não compartilhariam suas informações e não jogariam o jogo”. Apenas 27% estavam dispostos a compartilhar suas informações pessoais, enquanto a clara maioria de 52% disse que não estava disposta a trocar sua privacidade por um jogo. Desde que tenham consciência dos problemas em questão, os gamers (e, em muitos casos, seus pais) podem tomar melhores decisões sobre quais jogos jogar e quais evitar.

Serviços de saúde monitorados por inteligência artificial? Muita calma nessa hora.

Os consumidores adotaram serviços de saúde on-line (médico, hospital, tratamentos etc.) por conveniência (42%) ou necessidade relacionada à COVID-19 (69%) e continuarão a fazê-lo dentro dos limites.

Em nossa pesquisa, 34% dos consumidores disseram que compartilharam informações pessoais ou confidenciais sobre si mesmos ou sua família por meio de serviços de saúde on-line, como estado de saúde e informações de monitoramento de saúde. No entanto, quando perguntados se eles confiariam o monitoramento de seus cuidados de saúde a uma inteligência artificial, ou se simplesmente continuariam com o compartilhamento privado e seguro dos dados de saúde, apenas 19% estavam dispostos a experimentar a inteligência artificial, enquanto 65% queriam que suas informações fossem mantidas em sigilo e seguras.

As fraudes em criptomoedas no estilo “Round 6” e o crescimento das fintechs.

A pesquisa revelou que 34% dos entrevistados sentem que suas informações pessoais e financeiras estão particularmente em risco. No entanto, esse sentimento de risco aumentará, à medida que os consumidores participem cada vez mais do crescente mercado de fintechs, enfrentando uma nova onda de ataques que visam aos seus ativos virtuais e criptomoedas.

Criptomoedas falsas surgirão, como a criptomoeda “Round 6”, que se aproveitou do nome do legítimo sucesso da Netflix. Da mesma forma, os consumidores que fazem novos investimentos em criptomoedas e NFTs estabelecidas terão as contas de criptomoedas propensas a ataques de cibercriminosos, ávidos por lucrar com essa tendência.

E, na verdade, as fintechs estão “bombando”:

55% dos entrevistados afirmaram que criaram novas contas ou logins associados às criptomoedas e aos ativos virtuais.

43% dos entusiastas de criptomoedas disseram ter armazenado novas propriedades digitais em seus dispositivos em 2021.

Os comprovantes de vacinação são os novos cartões de crédito, e os consumidores no Brasil querem estar protegidos.

A necessidade de passaportes digitais de vacinação continuará, e os consumidores desejarão garantir que suas identidades sejam protegidas. Mais da metade dos entrevistados (55%) informaram aumentos nas atividades de vacinação on-line ou relacionadas à COVID-19, incluindo acesso a informações, rastreamento, prova de vacinação, área pública/trabalho em 2021. No entanto, eles também expressaram preocupação de que as atividades on-line relacionadas à COVID-19 possam causar problemas de privacidade de dados ou possível roubo de identidade.

A pesquisa apurou ainda que:

– 53% dos entrevistados disseram que prefeririam a conveniência de um passaporte de vacinação digital.

– Apenas 32% disseram que preferiam uma cópia em papel.

O aprendizado on-line se consolidará cada vez mais como prática entre os consumidores — acima e além das necessidades da COVID-19.

Os consumidores estão cada vez mais dispostos a aprender e buscar opções educacionais on-line, pelo menos em alguns casos. Embora as preocupações relacionadas à COVID-19 continuem sendo um fator determinante para esse aumento (66%), um número significativo de entrevistados citou os requisitos de trabalho e a escolaridade como motivo para procurar esses serviços on-line (36%).

A pesquisa também revelou que:

– A maioria dos entrevistados citou outros fatores, além do distanciamento social, como o motivo mais mencionado para que a educação e o aprendizado on-line diminuíssem em 2022.

– 40% disseram que estariam dispostos a aprender on-line com os melhores especialistas.

É imperativo que os consumidores em todo o mundo tomem medidas para manter a si mesmos e suas famílias seguros, protegidos e protegidos para aproveitar melhor a vida online em 2022. Para obter mais informações sobre como se manter seguro online, visite o blog da McAfee.