Novo estudo da Accenture (NYSE: ACN) identifica um pequeno grupo de organizações que trata a nuvem como novo modelo operacional para a reinvenção contínua de seus negócios, usando capacidades multi-cloud inovadoras – por meio da nuvem pública, privada e borda – para alcançar maior valor de negócios e ir além da economia de custos

Com base em entrevistas com quase 4.000 executivos C-suite de empresas públicas e privadas do mundo todo, o estudo “Ever-ready for Every Opportunity: How to Unleash Competitiveness on the Cloud Continuum” explica por que é limitante olhar para a nuvem como um destino único e estático – basicamente como um data center mais barato e eficiente. Na verdade, o foco limitado à redução de custos pode colocar as organizações em desvantagem competitiva, principalmente quando comparadas àquelas que usam a nuvem de forma mais estratégica em suas várias formas dinâmicas, incluindo a borda.

“Atualmente, a maioria das organizações usa algum tipo de combinação entre nuvem pública, privada e a borda, com baixo nível de integração”, explica Karthik Narain, líder global da Accenture Cloud First. “O que acontece nesses casos é que a inovação, os dados e as melhores práticas obtidas em uma área da organização acabam não beneficiando as demais, o que inibe a realização de valor. Todavia, um pequeno grupo de organizações está pronto para obter o maior valor da nuvem, enxergando-a como uma extensão de tecnologias que abrange diferentes locais e tipos de propriedade, com suporte dinâmico de 5G em nuvem e redes definidas por software, oferecendo suporte às necessidades dinâmicas de seus negócios”.

O estudo mostra que, embora as organizações planejem migrar mais de dois terços de suas cargas de trabalho para a nuvem ao longo dos próximos três a cinco anos, apenas metade está usando todo o potencial da nuvem em suas várias formas para transformar o dia a dia de seus negócios, realizar trabalhos mais complexos e modernizar aplicativos que atendam suas necessidades.

As organizações que lideram o uso da nuvem são chamadas pela Accenture de competidores contínuos. São empresas – cerca de 12-15% dos entrevistados, dependendo da região – que se destacam por levarem a experiência ganha com a nuvem pública para seus centros de dados e locais na borda a fim de transformar suas operações diárias. Como resultado, obtêm ganhos significativos a partir do engajamento contínuo na nuvem, deixando a concorrência para trás. Os competidores contínuos também desfrutam de um posicionamento melhor frente a imprevistos.

Esse grupo seleto de empresas inclui nomes como a Carlsberg , uma das maiores cervejarias do mundo, com sede na Dinamarca. Além da economia nos custos operacionais, a multinacional destaca a liberdade para inovar e experimentar como uma das principais vantagens da nuvem, permitindo o lançamento de novas iniciativas e campanhas em poucas horas, em vez de meses. Os competidores contínuos também desfrutam de um posicionamento melhor frente a imprevistos.

“A competitividade futura de uma empresa depende da escolha do tipo certo de nuvem para os aplicativos e serviços mais adequados ao seu negócio – como inteligência artificial, contact centers inteligentes, computação na borda, computação robótica, realidade estendida e outros – e da implementação das práticas avançadas necessárias para alavancar essas tecnologias”, afirma Narain. “O uso de estratégias cloud-first permite que as empresas ofereçam experiências cada vez melhores aos seus clientes, além de processos mais inteligentes e produtos mais sustentáveis”.

Ao contrário das organizações cujos esforços de nuvem se concentram principalmente na migração única visando a economia de custos e eficiência, os competidores contínuos:

  • têm o dobro ou o triplo de chances de inovar, automatizar e remodelar seus processos;
  • alcançam uma redução de custos 1,2x (na América do Norte) e 2,7x (na Europa) maior do que as empresas focadas somente na migração de dados;
  • buscam atingir mais metas operacionais e financeiras, incluindo até 50% mais iniciativas de negócios, como aumento de clientes e entrada no mercado mais rápido em comparação aos seus pares;
  • têm até três vezes mais chances de usar a nuvem para pelo menos duas metas de sustentabilidade, como fontes de energia verdes, diminuição do consumo de energia e uso de servidores mais eficientes e que gastam menos energia.

Olhando de perto o uso que os competidores contínuos fazem da nuvem, a Accenture identificou quatro abordagens vencedoras aplicáveis a qualquer organização:

  • Saiba onde quer chegar. Em primeiro lugar, a organização precisa desenvolver uma estratégia clara, estabelecendo os valores centrais e aspirações futuras, identificando as vulnerabilidades competitivas e classificando as capacidades relativas ao cenário atual da companhia e suas aspirações futuras. É necessário desenvolver essas estratégias levando em consideração a evolução constante das capacidades da nuvem como um todo.
  • Estabeleça práticas na nuvem que suportem e aumentem as tecnologias existentes. As organizações precisam combinar a adoção de tecnologias às práticas que trazem disciplina e ajudam a transformar áreas não-tecnológicas no ritmo das melhorias computacionais. A agilidade é fundamental para quem quer se tornar um competidor contínuo. Ela permeia os aplicativos cloud-first, a transformação de talentos, TI e consciência de computação, entre outras áreas.
  • Acelere a inovação para oferecer experiências excepcionais. Os competidores contínuos priorizam seus investimentos em uma única área: experiência. Eles usam uma combinação de design centrado em pessoas e tecnologias cloud-based como a computação na borda para repensar a experiência e aproximá-la dos seus clientes, parceiros e funcionários. Para chegar a esse ponto, é necessário incentivar a mentalidade de experiência em toda a organização, incluindo produtos e serviços, experiência do funcionário e modelos de entrega.
  • Ofereça comprometimento estratégico contínuo. A liderança precisa estabelecer objetivos de negócios, definir níveis de risco apropriados e promover uma cultura de agilidade e crescimento. É importante que as organizações reconheçam a natureza “all-hands” desse tipo de iniciativa: todos os funcionários precisam estar a par do potencial de melhoria contínua e das melhores práticas da nuvem.

O estudo “Ever-ready for Every Opportunity: How to Unleash Competitiveness on the Cloud Continuum” da Accenture chega em um momento em que as organizações se veem forçadas pela pandemia a fornecer a seus clientes experiências únicas e atendê-los de formas totalmente novas e virtuais. Levantamento anterior da Accenture mostra que a receita das empresas que aceleraram a inovação tecnológica durante a pandemia da Covid-19 aumenta cinco vezes mais rápido em comparação a quem deixou para adotar as novas tecnologias depois .

Sobre o estudo

No final de 2020 e início de 2021, a Accenture entrevistou aproximadamente 4.000 executivos C-suite de diversas áreas, incluindo TI, em 25 países e 16 setores. O estudo – que incluiu entrevistas, estudos de caso e modelagem econômica – focou na coleta de dados sobre adoção e escalonamento de tecnologias associadas à nuvem, a jornada da nuvem de cada organização, estratégia e objetivos, práticas de gerenciamento em torno da nuvem, várias medidas de desempenho financeiro e operacional e o impacto da nuvem nos resultados de inovação e sustentabilidade.