Aquela imagem de uma pessoa sentada em uma mesa com uma pilha de papel é bastante desconexa com o RH 3.0. Apesar de ter sido uma realidade no passado, a tecnologia e a gestão de pessoas transformaram o ambiente e os processos.
Chamamos de RH 3.0 por essa ser a terceira grande mudança que a área sofreu ao longo dos anos. A tecnologia e alterações nos processos foram grandes aliados nessa evolução. Entenda um pouco melhor cada uma das fases.
RH 1.0
O RH surgiu por conta de Revolução industrial com o objetivo de intermediar as necessidades dos funcionários e empresários. As lutas dos trabalhadores começaram a surtir um pequeno efeito.
O foco eram as funções burocráticas como cálculos trabalhistas e preenchimento de papelada. A legislação ainda estava sendo formada e não havia uma valorização do pessoal, eles eram vistos apenas como números.
RH 2.0
Se antes o foco era as máquinas, nesse momento do RH 2.0 as pessoas começam a ser vistas. Por uma exigência dos investidores e clientes foi necessário humanizar um pouco mais o processo.
O principal interesse era o recrutamento, seleção e retenção de talentos. O termo funcionário foi substituído por colaborador e o treinamento se fez necessário. Foi preciso capacitar as pessoas para poderem desenvolver seu trabalho e ter a sensação de pertencimento.
Colaboradores eram vistos apenas como um meio para que a empresa atingisse as suas metas.
RH 3.0
O momento atual reflete o RH 3.0. Nessa etapa, o termo recursos humanos se torna sinônimo de gerenciamento de pessoas. O foco não é mais a burocracia ou os indicadores, apesar de eles ainda existirem e serem importantes.
As pessoas são o centro das atenções junto ao clima organizacional e a tecnologia. A cultura da empresa preza pelo bem-estar do colaborador e sociedade, além disso a gestão costuma ser descentralizada e existe interdisciplinaridade. Descobre-se que o capital humano é mais importante do que qualquer organização, afinal sem pessoas não existe empresa.
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As características do RH 3.0
Além da época que vivemos, existem características bem marcantes do RH 3.0. Veja quais são elas.
Tecnologia nas ferramentas
A tecnologia está muito presente em boa parte das ferramentas utilizadas. O processo de recrutamento e seleção conta com softwares para encontrar os melhores profissionais. Já o departamento pessoal possui processos automatizados como registro do ponto e cálculo de folha. E para treinamento é utilizado plataformas de e-learning, com foco na aprendizagem.
Propósito de atuação
O propósito do RH 3.0 é focar nas pessoas, garantir que elas estejam engajadas e, consequentemente, fortaleçam a empresa. Nessa nova era, as metas são apenas “auxiliares”, o mais importante é garantir a satisfação do pessoal. Sem haver um propósito claro, todos os esforços não geram resultados.
Integração com outras áreas
O departamento de RH não atua sozinho, existe uma parceria com outras as áreas da empresa. A troca de informações e trabalho conjunto são essenciais para estabelecer a política pessoal e implementar melhorias.
Coleta e análise de dados
As decisões do RH 3.0 são baseadas em dados coletados, é o que chamamos de People Analytics. Com base em indicadores de absenteísmo, clima organizacional, nível de satisfação, produtividade e outros é possível tomar decisões mais assertivas.
Os dados que são coletados são importantes para otimizar as operações e satisfazer o público interno e externo. Esse é um resultado de anos de mudanças desse setor e que já ensaia um RH 4.0 com mais tecnologia e gestão.
Publicado originalmente em Metrofile
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