Por Zöe Póvoa, co-fundadora e CEO da Ozllo.
A digitalização do varejo, em geral, está cada dia mais latente. Pouco, importa o tamanho das empresas que estão no digital, o mundo está vivendo uma nova era da tecnologia, que permite desde uma pequena empresa até as grandes se destaquem no mercado, oferecendo serviços de uma forma diferenciada e que esteja realmente preocupado em ser parceiros.
As startups estão cada dia mais avançando no mercado de varejo e com esse movimento, está vindo a digitalização dos setores, incluindo o de moda, e isso não representa ter apenas um e-commerce ou Redes Sociais.
O conceito ganhou muita força, quando em 2014, na National Retail Federation (NRF), a maior feira de varejo do mundo, começou a se debater a Transformação Digital, ou seja, uma estratégia de negócios que ajuda a digitalizar a marca, porém, vai muito além disso, pois estamos diante de uma grande revolução, que começa por deixar o ambiente interno das empresas mais digitalizado, porém, com o uso de softwares e pilares da Transformação Digital como BigData, deixa o processo mais automatizado e consequentemente com uma melhor experiência.
No final das contas, o que as pessoas buscam em uma marca é a experiência que esse proporciona em todos os sentidos, desde o produto, atendimento, facilidade na busca e entrega rápida. Esse processo, cada dia mais digital, se torna mais decisivo para a compra, uma prova disso, é a constante busca das marcas pelas entregas no mesmo dia ou em até 24h. Sem essa Transformação Digital, essa evolução se torna quase impossível.
O setor de moda é, sempre, um dos mais mencionados quando o assunto é inovação no universo da internet. Todo o glamour que a moda traz é transmitido para o universo digital, com alto poder de engajamento, uma vez que os recursos digitais ampliam as ações de divulgação para encantar o consumidor com seus produtos, como por exemplo, um desfile de moda, ao vivo e online, com link para a compra de produtos que as modelos estão apresentando na passarela.
E como usar isso no seu negócio?
A pesquisa Transformação Digital no Varejo Brasileiro, da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), mostra que o investimento em iniciativas de transformação digital cresceu 87% entre os varejistas brasileiros no último ano. Dessas, 74% aumentaram seu faturamento com vendas. O estudo avaliou 300 das maiores empresas de varejo no país, muitas do setor de moda.
O armazenamento, a análise e a gestão organizada de dados continuam sendo os grandes diferenciais tecnológicos para implementar a transformação digital no setor de moda. Hoje há dois caminhos para conseguir isso.
De um lado, as grandes marcas, com grandes recursos conseguem contratar softwares de gigantes da tecnologia, por outro lado, as já aqui mencionadas startups começam a mirar os pequenos e médios varejistas, acreditando em seu potencial, sendo nesse momento que entra empresas que estão se tornando referência no segmento, ajudando os pequenos e médios varejistas a fazer negócios, não apenas a vender, mas a construir marcas, se posicionar no digital, tendo empresas atuando lado a lado com conhecimento, estrutura, pensamento estratégico para que os negócios aconteçam.
Os marketplaces, são outro caminho para as marcas com menos poder de investimento terem um rápido crescimento surfando na onda dos altos acessos que esses têm, porém, as pequenas e médias empresas, em muitos casos, não tem como criar uma estratégia assertiva para entrar nesses canais, ora por falta de conhecimento, ora por falta de estrutura.
Nesse gargalo surgem empresas que estão apoiando os pequenos e médios varejistas de moda para que esse processo seja o mais simples possível, e eles, se preocupem apenas com vendas.
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