Aplicativos móveis estiveram sob os holofotes durante todo o ano de 2020 até agora, tornando o cenário da corrida por usuários que já é competitivo, ainda mais difícil. Como resultado, os profissionais de marketing trabalham para obter altas taxas de retenção e baixas taxas de desinstalação. No entanto, as desinstalações são um fato.

A taxa média de desinstalações chegou a 53% no ano passado, gerando uma perda de US$57 mil por mês para aplicativos médios, 70% mais do que 2019, de acordo com novos dados da AppsFlyer, líder em atribuição móvel e análises de marketing de aplicativos.

Este mesmo estudo mostra que mais da metade dos aplicativos baixados em 2020 são desinstalados em 30 dias. Esses números representam um comportamento global e mostram que os aplicativos não estão proporcionando uma boa experiência e não possuem ativos importantes para os usuários.

Os tipos de aplicativos que mais perderam com desinstalações foram Compras e Alimentos, com um aplicativo de tamanho médio perdendo uma média de US$118.000 e US$114.000 dólares mensais, respectivamente, entre setembro e novembro de 2020.

Os aplicativos de saúde e condicionamento físico estão performando melhor na retenção de usuários, com um aplicativo de tamanho médio perdendo em média US$46.000, o que pode ser explicado pela busca real por um estilo de vida mais saudável durante a pandemia e o isolamento social.

Em uma pesquisa concluída no quarto trimestre de 2020, a Digital Turbine, uma plataforma de aplicativos pré-instalados em novos dispositivos, descobriu que os brasileiros são grandes instaladores de aplicativos. Mais de 37% dos brasileiros baixaram mais de vinte novos aplicativos entre julho e setembro de 2020, e 38% dos brasileiros afirmaram que instalam aplicativos com frequência.

Mas a maneira como os usuários descobrem aplicativos pagos ou orgânicos também influencia a taxa de desinstalações. A Digital Turbine descobriu que para aplicativos de redes sociais, de compras, jogos, utilitários e financeiros, que vieram pré-instalados no celular, as taxas de desinstalação são de 5% a 45% mais baixas, do que quando os apps são baixados por lojas ou anúncios. “Isso mostra que os brasileiros não estão apenas interessados em mais aplicativos, mas que os desenvolvedores de aplicativos devem estar mais abertos a todos os métodos de descoberta desses apps”, diz Mike Ng, CRO Digital Turbine.

“Estar atento às taxas de desinstalação é muito importante para os profissionais de marketing, uma vez que podem entender o comportamento do usuário e deixar de impactar quem não tem interesse em seus aplicativos, gerando uma campanha de Aquisição de Usuários mais eficaz”, afirma Marlon Luft, gerente de marketing da AppsFlyer Brasil.