De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 68% da população mundial viverá nas cidades em 2050. Hoje, esse percentual é de 54%. Além da crescente urbanização, a pandemia de Covid-19 mostrou que, mais que inteligentes, as cidades do futuro precisarão ser mais adaptáveis para superar mudanças bruscas, acomodar novos processos, dinâmicas, rotinas e populações.

“Diante deste quadro, os gestores públicos e os mais diversos setores da economia devem encarar esta questão não como um problema a ser resolvido no futuro, mas como um direcionamento a ser adotado agora, acelerando e aprimorado por investimentos em inovação”, alerta Aurélie dos Santos, gerente de Smart Cities da green4T, empresa 100% brasileira de tecnologia para cidades inteligentes.

A especialista lembra que a população urbana consome 75% de toda a energia produzida no planeta, de acordo com dados do Senseable City Lab, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e, por isso, tornar as cidades mais sustentáveis e seguras com a aplicação de inteligência tecnológica passa a ser uma meta prioritária.

“Enquanto catalisadores de transformação, as cidades inteligentes devem basear suas mudanças em dados que mostrem à gestão pública informações qualificadas para a tomada de decisão”, comenta.

“Serviços convergentes entre o setor público e o privado são o caminho para garantir a disponibilidade e capacidade de processar altos volumes de dados, além de assegurar o baixo consumo energético, a escalabilidade, a resiliência e a aptidão para receberem novos serviços e aplicações”, acrescenta.