Nos últimos dois anos, o mundo passou por inúmeras transformações, que mudaram a forma como vivemos e trabalhamos. Muito impulsionada pela pandemia, a digitalização modificou nossas expectativas em relação ao que a tecnologia pode nos proporcionar.
Pensando nisso, Orlando Souza, CEO da Iron Mountain no Brasil, líder global em serviços de armazenamento e gerenciamento de informações para empresas, elencou algumas tendências, que, segundo ele, se consolidaram e devem permanecer no cotidiano.
1. Armazenamento em nuvem
A mudança mais relevante que a pandemia impôs, certamente foi em relação ao trabalho, que passou a ser remoto. Com o relaxamento das restrições impostas pela pandemia e com índices melhores nos números de casos, o modelo híbrido passou a ser o mais usual. Segundo o 18º Índice de Confiança Robert Half (ICRH), em 2022, 48% das empresas entrevistadas implementaram o formato.
Como resultado da mudança no status quo, empresas de diferentes portes e segmentos precisaram migrar suas operações para a nuvem, levando em consideração que a flexibilidade que essa tecnologia oferece é essencial para o novo cenário dos negócios.
No entanto, alguns cuidados adicionais são necessários, dado que as nuvens armazenam documentos confidenciais e informações críticas para os negócios. Por isso, descartá-los com segurança é essencial e estabelecer um programa de Destinação Segura de Ativos de TI (Secure ITAD) é uma das soluções mais recomendadas.
Descartar equipamentos eletrônicos ao fim de sua vida útil de maneira adequada não só mitiga impactos relacionados ao vazamento de dados, como também reduz danos ambientais. Orlando reforça que, ao escolher um parceiro ITAD, é muito importante se certificar que ele trabalha com uma cadeia de custódia segura.
2. Automatização de processos
As ferramentas de automação de negócios vieram para ficar e as transações que utilizavam papel e caneta definitivamente ficaram no passado. Com isso, as empresas ganharam agilidade e conseguiram aprimorar a experiência do cliente.
Outro ganho importante com esse avanço tecnológico é a coleta de dados. Por meio de inteligência artificial, a empresa consegue trazer insights valiosos para o negócio. Esse ponto, somado ao armazenamento em nuvem, é a combinação ideal de agilidade e segurança.
Além disso, a chegada do 5G também permitiu que processos ocorressem além da nuvem e o poder de processamento foi elevado a um nível nunca antes visto. Um estudo da Gartner prevê que até 2025 os dados gerados por empresas que são criados e processados fora de um data center ou nuvem centralizado tradicional aumentarão de 10% para 75%.
3. Tokenização e NFTs
Tema muito falado atualmente, o maior passo para o “desconhecido” vem na forma de Non-Fungible Tokens, os chamados NFTs. Outro avanço importante é a Web 3.0, que permite que as empresas interajam de novas maneiras com clientes early adopters de novas tecnologias.
O NFT é um identificador digital exclusivo, ou rótulo, registrado em blockchain, que não pode ser copiado, replicado ou dividido. Ele atua como certificado de propriedade e autenticidade de um ativo digital específico, que também contém direitos relacionados ao seu uso.
A Web 3.0, por sua vez, engloba uma série de aplicativos baseados na web da próxima geração, que poderão criar dados de maneiras semelhantes às humanas, graças a uma variedade de ferramentas, incluindo inteligência artificial, análise de big data e tecnologia de contabilidade descentralizada (DLT).
Assim, quando as empresas passam a adotar a Web 3.0 e os NFTs, elas conseguem, além de fazer um rebranding da marca com nos Millennials e Geração Z, expandir seus respectivos portfólios e criar novas formas de gerar receita, de acordo com dados da Deloitte.
4. Realidades virtuais e aumentadas
A ‘gamificação’ no mundo dos negócios passou a fazer parte do cotidiano de muitas empresas, sendo este um resultado da adoção acelerada das realidades aumentada e virtual.
Essas tecnologias foram originalmente desenvolvidas para jogos, mas seus usos e benefícios começaram a ser usados pelas empresas para impulsionar o engajamento, além de capacitar funcionários e clientes.
Entre os usos no mundo corporativo estão o desenvolvimento de sessões de treinamento imersivas e uma série de ferramentas de marketing interativas capazes de gerar insights importantes sobre o comportamento dos clientes.
5. O poder da mudança
Os compromissos com políticas ESG (environmental, social e governance) estão cada vez mais em voga e são agendas prioritárias em praticamente todas as empresas, temas muito puxados pela COP26 e pelo Pacto Ecológico Europeu. O setor de data center, inclusive, tem uma prioridade além das usuais: a transição para energias limpas.
A Iron Mountain, por exemplo, investiu fortemente em parques eólicos e usinas de energia solar e, desde 2017, seus data centers são alimentados por energia 100% renovável.
Esses benefícios são repassados aos clientes via programa Green Power Pass, que se baseia no protocolo de relatório de carbono desenvolvido pela Clean Energy Buyers Alliance (CEBA) e no grupo de trabalho Future of Internet Power (FoIP).
Essa é uma maneira efetiva e econômica para que os usuários do data center reduzam suas emissões de gases de efeito estufa, já que, ao utilizar o programa, as empresas recebem um atestado que indica qual a quantidade de kWh provenientes de recursos sustentáveis.
Ser uma empresa com experiência em tecnologia nunca foi tão valioso como hoje.
Há mais de 70 anos, a Iron Mountain vivencia e se adequa a uma série de mudanças tecnológicas que ajudam a remodelar a forma como se vive e se trabalha. Essas ações mudarão irreversivelmente o ambiente — para melhor — e as empresas que adotarem esses padrões antecipadamente colherão os maiores benefícios.
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