O termo Machine Learning pode não ser muito difundido no dia a dia do brasileiro. Inclusive, a sua tradução para a língua portuguesa não é tão literal como acontece com outras palavras. Basta uma pesquisa rápida no Google para se notar que surgem três definições: “Aprendizado de máquina”, “aprendizado automático” ou “aprendizagem automática”.

Em outras palavras, Machine Learning é uma maneira de usar algoritmos padrões para se obter insights preditivos de dados e tomar decisões repetidas, além de assertivas. Ou seja, traduzindo para ações cotidianas, o Machine Learning está presente no YouTube, quando a plataforma sugere uma sequência de vídeos de acordo com os gostos da pessoa. Também é utilizado pelas redes sociais e pelo já citado Google, que sempre fazem sugestões baseadas em suas buscas. Não é à toa que sempre aparecem as mesmas páginas no feed dos usuários. São os perfis mais visitados por esses internautas.

Outra curiosidade sobre o Machine Learning é que essa inteligência artificial surgiu a partir do comportamento humano. Os robôs só reconhecem aquilo a que forem apresentados, assim como acontece com as pessoas em fase de desenvolvimento.

Uma criança identifica a cor azul após ter o contato visual e alguém dizer o nome da coloração a ela. Com os robôs, acontece a mesma coisa: eles reconhecem algo após alguém cadastrá-lo por meio de dados e informações.

E no mundo corporativo?

Apesar de o Machine Learning estar muito presente no dia a dia de diversas pessoas, muitos gestores de empresas ainda não se deram conta de que a inteligência artificial pode ser utilizada para otimizar o desempenho dos colaboradores e, consequentemente, os resultados do negócio.

CEO da Finger Digital, software house especializada em soluções digitais personalizadas, Ricardo Botega afirmou que, por meio do Machine Learning, um gestor pode, por exemplo, entender em qual função um funcionário atua melhor.

“Isso é possível porque, com os dados que a própria empresa possui, os robôs conseguem realizar análises bastante assertivas sobre o desempenho de cada um dos seus colaboradores, assim como o YouTube identifica se você gosta de samba, rap ou rock e sugere músicas do seu gênero favorito. As sugestões são baseadas nas informações fornecidas pelo próprio usuário em suas buscas”, explicou Ricardo.

Ainda de acordo com ele, a partir dessa análise qualificada feita a partir dos robôs, as decisões dentro da empresa tendem a ser mais eficazes. “O que, obviamente, impulsionará os resultados do negócio. Afinal, nas funções corretas, os funcionários terão seus desempenhos potencializados”, finalizou Ricardo.