Por Rodrigo Reis, Diretor comercial e sócio na Reis Office,

Ter colaboradores talentosos e uma rotina de trabalho organizada é um passo importante para manter a produtividade em alta de qualquer negócio. Contudo, há outro fator que também influencia o desempenho da empresa como um todo: a estrutura tecnológica necessária para que os profissionais possam executar suas tarefas. Convenhamos que é difícil extrair o máximo da capacidade das pessoas se os computadores e sistemas costumam falhar nos momentos mais importantes.

Não à toa, as corporações brasileiras dedicaram 8,2% de suas receitas a investimentos na área de TI em 2020, segundo dados do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas. Não se discute que realmente é preciso investir continuamente nas melhores ferramentas. A questão é como isso é feito no ambiente corporativo. A grande maioria prefere adquirir os equipamentos, ampliando seu inventário de tecnologia. Mas não seria melhor alugá-los, ainda mais com a pandemia de covid-19 obrigando a um modelo de trabalho que privilegia o home office? Veja as principais características e descubra se vale a pena para o seu negócio:

Aquisição de equipamentos exige monitoramento contínuo
Adquirir os equipamentos e deixá-los à disposição do quadro de colaboradores é prática comum no mercado brasileiro. Trata-se de uma questão cultural: por aqui, os gestores privilegiam o investimento em bens e, portanto, comprar os melhores computadores significa ampliar o inventário de tecnologia da empresa. É um caminho mais fácil de garantir uma boa estrutura a todos os profissionais.

Essa medida, contudo, costuma ter prazo de validade. Isto é, ao longo do tempo, esses equipamentos ficam defasados, ainda mais em um cenário de intensa transformação digital. As empresas que desejam continuar com bons equipamentos precisam monitorar continuamente as atualizações disponíveis e, claro, fazer novos investimentos. Além disso, há a questão dos gastos com manutenção, reparo de produtos quebrados, fios e cabos, etc.

Locação busca economizar tempo e dinheiro
A locação de computadores e notebooks ainda é uma modalidade pouco conhecida no Brasil. A cada dez empresas, apenas uma adota essa prática de alugar os equipamentos, segundo estimativas da IDC Brasil. Nos Estados Unidos, que tem uma cultura tecnológica mais consolidada, esse índice é de 80%. A diferença está justamente na percepção das vantagens que este modelo de negócio tem a oferecer.

É verdade que o inventário de equipamentos de TI da empresa ficará baixo, mas isso não deve ser visto como problema, mas como oportunidade. Primeiro porque o investimento necessário para alugar computadores é bem menor do que adquiri-los, o que ajuda a poupar custos e reinvestir em outras áreas prioritárias. Além disso, a organização fica imune da desvalorização e depreciação do ativo, uma vez que basta trocá-lo por uma ferramenta melhor. Por fim, os profissionais continuarão com equipamentos de qualidade à disposição – sem abarrotar a equipe de TI com pedidos de manutenção.

Locação de computadores é tendência para modelo híbrido
A opção entre comprar ou alugar computadores passa pelo orçamento e os objetivos de cada corporação. Entretanto, não há dúvidas de que a pandemia do novo coronavírus está remodelando as relações de trabalho. O home office chegou de vez ao ambiente corporativo e, mesmo com o avanço da vacinação, o modelo híbrido (em que o colaborador passa parte da semana em sua casa) é a principal tendência no momento.

Assim, cada empresa precisa se questionar: compensa investir na contratação de novos computadores para os funcionários utilizarem em dois ou três dias da semana? Na ponta do lápis, trata-se de um custo muito alto em um cenário de instabilidade econômica no qual a principal regra é fazer mais com menos. Nesse sentido, a locação de computadores representa a oportunidade de ter as melhores ferramentas sempre em mãos com um preço bem mais em conta.