Com a pandemia de Covid-19 um comportamento muito sugerido, mas pouco executado, enfim ganhou força para se tornar um hábito: a limpeza de produtos eletrônicos, como celulares, para assepsia. Porém, com tantos produtos sendo utilizados a bel-prazer nesse novo cotidiano, como álcool em gel, álcool 70%, detergentes e desinfetantes, é importante tomar cuidado com qual desses produtos você pode utilizar na hora de limpar seus aparelhos para evitar defeitos técnicos.
Para Rogério Machado, professor de Química e Meio Ambiente na Universidade Presbiteriana Mackenzie, é um erro achar que o álcool isopropílico é para limpeza externa de um celular, por exemplo. “Esse produto deve ser usado para limpeza interna do aparelho, já que possui baixa umidade e não afeta os sistemas eletrônicos. Ademais, esse produto químico é controlado pela Polícia Civil, sendo obrigatório o uso de equipamento de proteção (EPI) na sua utilização” explica o especialista.
Dessa forma, a recomendação inicial é realmente a mais adequada, ou seja, para a limpeza externa de eletrônicos, deve-se utilizar primordialmente o álcool 70%, aqueles vendidos em supermercados. Esse produto, que é um desinfetante considerado de média eficiência é uma solução aquosa de álcool, contendo em sua composição álcool etílico e água, sendo muito menos perigoso em sua manipulação do que o álcool isopropílico. Contudo, segundo o professor, ainda assim é necessário cuidado e de preferência, utilizar o produto com luvas e em lugares protegidos, visto que também é um solvente e inflamável.
Cuidado com uso do álcool isopropílico
A fórmula do álcool isopropílico favorece a limpeza de componentes eletrônicos e metais, principalmente na limpeza interna de contatos eletrônicos em geral e placas de circuito impresso, por exemplo. O Isopropanol como também é conhecido, é um liquido transparente e incolor, altamente inflamável. Sua produção é direcionada ao uso em situações serviços de limpeza pesada e industriais. Também pode ser aplicado como solvente para essências e óleos, para derivados de celulosa, produtos farmacêuticos, vernizes, resinas, compostos orgânicos e muitos outros. Seu uso é vetado para assepsia de equipamentos como celulares, notebooks etc.
Este álcool é levemente tóxico se ingerido ou absorvido pela pele, podendo causar lesões na córnea. Seus vapores têm efeito anestésico, podendo causar tontura. Em procedimentos que possam ocorrer respingos, é importante o uso de máscaras e óculos de segurança, luvas impermeáveis resistentes ao produto, avental, calça e sapatos. Quando a concentração do ar ultrapassar a tolerância, deve-se utilizar máscaras respiratórias com filtro para vapores orgânicos.
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