Por Marcos Farias, sócio-fundador da Arki1
Há muito se fala na adoção da computação em nuvem por grandes e médias empresas, escritórios, consultórios, instituições, escolas, hospitais, por praticamente todo o tipo de atividade feita pelo homem. Com o isolamento social, voltou a ser assunto, porque é muito importante, ou mesmo fundamental, para uma empresa poder contar com seus colaboradores trabalhando remotamente.
A computação em nuvem é uma tecnologia que permite acessar arquivos e executar diferentes tarefas por meio da Internet, sem precisar instalar programas no seu computador. Ou seja, com ela, é possível acessar seus programas, documentos e informações de forma online. O serviço é contratado de uma empresa dedicada a oferecer os meios para que isso seja possível, incluindo armazenamento, arquivos, redes, softwares, bancos de dados e servidores.
Podemos dizer que a computação em nuvem transforma o local de trabalho em um escritório virtual, ao permitir contactar a empresa de qualquer lugar, a qualquer momento. Uma utilidade importante, pois os dispositivos móveis hoje fazem parte da rotina de trabalho.
A nuvem pode ser pública, privada ou híbrida. No primeiro caso, todo hardware, software e infraestruturas de suporte utilizados são de propriedade do provedor de nuvem contratado. Assim, permite que a empresa contratante e sua equipe acessem os serviços e façam o gerenciamento da conta com o uso de um simples navegador de internet. No segundo caso, os serviços e a infraestrutura de computação em nuvem são mantidos em um ambiente próprio, como o nome sugere. No terceiro caso, as nuvens públicas e privadas se complementam e as chamadas cargas de trabalho por meio de uma tecnologia que permite o compartilhamento de dados e aplicativos entre elas.
Uma forma mais comum de serviços de cloud computing adotada por pequenas empresas é o SaaS (software como serviço). Nesse modelo, é possível acessar aplicativos de software hospedados na internet por meio de um navegador. Ou seja, sem a necessidade de usar aplicativos tradicionais armazenados no próprio PC ou servidor. Um bom exemplo de SaaS é o uso do CRM, plataforma gerenciamento de relacionamento com o cliente.
Outro modelo é o de infraestrutura como serviço (IaaS), pelo qual compra-se ou aluga-se espaço em disco de um provedor de serviços externos. Nesse caso, o acesso é possível por meio de uma rede privada ou internet. Outro caso é plataforma como serviço (PaaS), em que o usuário aluga o hardware, o armazenamento, a capacidade de rede e os sistemas operacionais oferecidos pelo IaaS, com a vantagem de ter mais controle de aspectos como, por exemplo, a configuração da capacidade de personalização.
É preciso, então, saber o que é o mais indicado para cada empresa. As vantagens mais evidentes são: reduzir gastos com servidores potentes, já que todas as tarefas passam a ser executadas em servidores remotos; evitar gastos com hardware, além de conferir praticidade e agilidade para a execução das tarefas e processos.
Entre as pessoas que atuam no ramo, é citada uma pesquisa da consultoria norte-americana TCS, que aponta reduções médias dos custos, somente de TI, de 28% na Europa, a 55% na América Latina.
Hoje há grande quantidade de empresas que oferecem serviços de cloud computing, incluindo as grandes da tecnologia, como Google. No entanto, para melhor aproveitar os recursos da nuvem, é indicado que a empresa tenha colaboradores treinados para extrair o máximo de recursos desse sistema.
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