Por Marcos Andrade, CMO da Claranet no Brasil
Ser empreendedor no Brasil é uma tarefa, diga-se, no mínimo, desafiadora. Inúmeros obstáculos são encontrados ao longo dessa caminhada e valores são postos em jogo, mas uma pergunta que fica no ar é: quanto valem os dados da sua empresa?
No entanto, antes de falarmos do valor, vamos entender a diferença de dado estrutural e não estrutural. O primeiro é aquele que possui estruturas bem definidas, rígidas e, sobretudo, pensadas antes da própria existência do dado que será carregado naquela estrutura. Já o segundo, que representa 80% de todos os dados existentes no mundo, não possui estruturas bem definidas e padronizadas porque são criados a partir do uso cotidiano das tecnologias, como mensagem de texto, fotos, áudios, vídeos e outros que costumeiramente trocamos uns com os outros em nosso dia a dia.
Definida a diferença de cada um, vamos avançar na linha de pensamento. As empresas que não investem em segurança dos dados, armazenamento e métricas têm como tendência ficarem para trás, sabendo que é por meio desses dados que definimos o que o nosso consumidor deseja.
O documentário “Dilema das redes”, da Netflix, define muito bem isso. A produção mostra que todo o conteúdo que acessamos, tudo que escrevemos, vemos e falamos fica armazenado em uma caixinha online que em algum momento teremos acesso e esse acesso é imediato o que garante a experiência do usuário.
Para ficar mais visível, outro dia estava pesquisando sobre pneu de carro e minhas redes sociais – ou qualquer outro site que eu acessasse – eram tomadas por anúncios patrocinados de lojas que vendem esse produto. E você já se perguntou como isso acontece? Eles são a representação clássica dos dados que estamos falando aqui usados no remarketing para mostrar que existe ali um produto que você já procurou e que há opções disponíveis em diversas lojas para comprá-lo.
Uma das tendências é que a Inteligência Artificial (IA) aplicada aos dados se aprimore cada vez mais e ajude a prever reações e sentimentos, fazendo com que o vazio do ser humano seja preenchido cada vez mais pelo consumo de produtos e experiências. Então, se você é líder e ainda não teve esse mindset, essa é a hora de se atualizar e colocar em prática na sua organização. A tendência é que, desta forma, você fidelize cada vez mais seu consumidor.
Em pesquisa feita pelo Gartner, a previsão é de que, até 2025, 70% das organizações mudem seu foco de Big Data para pesquisas de dados mais abrangentes conhecidas como Small Data, que fornecerão maiores contextos para análises que sejam ainda mais específicas.
O jornalista americano Andrew Lewis, que aparece no documentário que falamos mais acima, afirma que “se você não paga pelo produto, o produto é você”. Essa é a perfeita definição dos tempos atuais, em que tudo gira em torno de informações e em um tempo recorde.
Então, saber sobre o seu cliente e, sobretudo, saber apresentar seu serviço e produto, é essencial para a lucratividade e continuidade da sua empresa. Mesmo com maiores desafios para os times de TI, é hora de investir em base de dados e, não só isso, também na segurança necessária para usá-la de forma correta.
Ou seja, num mundo megaconectado e com troca de dados e informações acontecendo em tempo recorde, os dados da sua empresa e, principalmente, de seus clientes valem TUDO. Assim você os conhecerá e poderá oferecer produtos, serviços e informações que, de fato, se converterão em fidelidade fazendo com que esse cliente volte até você sempre que for necessário. Então chegou a hora, vamos investir?
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