De acordo com o relatório Technology Vision 2021, da Accenture, a tecnologia foi considerada um porto seguro das empresas durante a pandemia global: permitiu novas formas de trabalho e de negócios, criou novas interações e experiências e melhorou a saúde e a segurança dos usuários. Para sempre a tecnologia mudou expectativas e comportamentos da população e criou realidades em todos os setores. À medida que as empresas deixam de simplesmente reagir à crise e passam a reinventar o que vem pela frente, só os líderes mais audazes e visionários, aqueles que usam a tecnologia para controlar as mudanças, definirão o futuro. É o que mostra a 21a edição do estudo da Accenture (NYSE: ACN), que prevê as tendências tecnológicas que moldarão os próximos três anos.
O estudo “Leaders Wanted: Masters of Change at a Moment of Truth” destaca a maneira como empresas líderes em seus setores estão conseguindo condensar uma década de transformação digital em um ou dois anos. A inovação em ritmo acelerado ocorre graças a um núcleo digital robusto. As empresas à frente do movimento já conseguiram aumentar as receitas em cinco vezes em comparação com seus pares. Entre 2015 e 2018 esse aumento havia sido de apenas duas vezes, conforme dados levantados pela Accenture. O resultado é uma onda de empresas correndo para se reinventar e usar inovações tecnológicas capazes de moldar as novas realidades que enfrentam.
“A pandemia fez as empresas acelerarem ainda mais rumo ao futuro. Muitas organizações passaram a usar a tecnologia de formas extraordinárias a fim de manter seus negócios e comunidades e a um ritmo que antes parecia impossível. Já outras tiveram que encarar a dura realidade de suas deficiências, como a falta de uma estrutura digital robusta que permita uma mudança acelerada”, afirma Paul Daugherty, diretor geral do grupo de tecnologia e CTO da Accenture. “Nossa geração tem a oportunidade única de transformar o que chamamos de hora da verdade da tecnologia em confiança – usando todo o poder da mudança tecnológica exponencial a fim de reinventar e reconstruir totalmente o futuro dos negócios e da experiência humana.”
A Accenture conversou com mais de 6.200 líderes de negócios e tecnologia para o estudo Technology Vision. Desses, 92% afirmam que suas organizações estão dedicadas à inovação ainda este ano. Além disso, 91% dos executivos concordam que para capturar o mercado do futuro é importante que suas organizações o definam.
Para moldar o futuro será necessário que as empresas se tornem mestres da mudança, seguindo três imperativos principais. Primeiro, a liderança de mercado exige liderança tecnológica. A era do seguidor rápido chegou ao fim e a mudança é permanente. Os líderes do futuro serão aqueles que puserem a tecnologia na linha de frente de suas estratégias de negócios. Segundo, os líderes não irão esperar pela chegada de um novo normal, eles irão reinventá-lo, construindo novas realidades usando formas de pensar e modelos totalmente novos. Por fim, os líderes tomarão para si uma responsabilidade maior como cidadãos do mundo, desenvolvendo e aplicando deliberadamente tecnologias que irão criar impactos positivos muito além da empresa, contribuindo com a construção de um mundo mais sustentável e inclusivo.
O estudo Technology Vision identificou as cinco principais tendências que as empresas terão de analisar ao longo dos próximos três anos a fim de acelerar e dominar as mudanças em todas as partes do negócio:
• Fundamento com estratégia: a arquitetura de um futuro melhor – uma nova era de competição industrial está surgindo, em que as empresas competem em sua arquitetura de sistemas de TI. Mas construir e manejar uma pilha de tecnologia mais competitiva significa encarar a tecnologia de forma diferente, transformando as estratégias de negócios e de tecnologia em uma coisa. Ao todo, 89% dos executivos acreditam que a habilidade de suas organizações em gerar valor de negócios será cada vez mais baseada nas limitações e oportunidades da sua arquitetura tecnológica.
• O mundo espelhado: O poder dos digital twins gigantes e inteligentes – os líderes estão construindo digital twins inteligentes a fim de criar modelos vivos de suas fábricas, cadeias de suprimentos, ciclos de vida de produtos e muito mais. A união entre dados e inteligência para representar o mundo físico em um espaço digital abrirá novas oportunidades para quem deseja operar, colaborar e inovar. Entre os executivos entrevistados, 65% esperam que o investimento de suas organizações em “gêmeos digitais” aumente ao longo dos próximos três anos.
• Eu, tecnólogo: A democratização da tecnologia – Recursos poderosos já estão disponíveis para pessoas em várias funções de negócios, dando ainda mais força às estratégias de inovação das empresas. Cada funcionário pode ser um inovador, otimizar seu trabalho, resolver pontos fracos e garantir que o negócio acompanhe o ritmo das novas necessidades. Entre os participantes, 85% acreditam que a democratização da tecnologia tem lugar crítico na sua habilidade de puxar a inovação na empresa como um todo.
• De qualquer lugar, em toda parte: Como valorizar o trabalho remoto – A maior mudança na força de trabalho de que se tem notícia possibilitou às empresas a expansão dos seus limites. Quando as pessoas têm a oportunidade de “trazer seu próprio ambiente”, elas têm a liberdade de trabalhar em qualquer lugar – seja em casa, no escritório, no aeroporto, no escritório de parceiros ou qualquer outro lugar. Nesse modelo, os líderes têm a oportunidade de repensar o propósito de trabalhar em diferentes locais e reinventar seus negócios neste novo cenário. Entre os executivos entrevistados, 85% concordam que para liderar as empresas de seus setores será necessário mudar a abordagem com a força de trabalho, de “traga seu próprio dispositivo” para “traga seu próprio ambiente”.
• De mim para nós: Uma trilha de sistemas multidisciplinares no meio do caos – A demanda por rastreamento de contatos, pagamentos sem contato e novas formas de ganhar a confiança do cliente puseram em foco o que havia sido deixado de lado nos ecossistemas existentes das empresas. Os sistemas multipartidários podem ajudar as empresas a se tornarem mais resistentes e adaptáveis, acessar novas maneiras de abordar o mercado e definir novos padrões voltados para o ecossistema de suas indústrias. Entre os participantes do estudo, 90% afirmam que por meio dos sistemas multidisciplinares seus ecossistemas poderão forjar uma base mais resiliente e adaptável, além de criar valor com os parceiros da organização.
A priorização da inovação tecnológica em resposta a um mundo em constante mudança nunca foi tão importante. Vamos pensar no setor de restaurantes: em setembro, 60% d o s empreendimentos que dois meses antes constavam como ‘temporariamente fechados’ no aplicativo Yelp optaram por encerrar suas atividades. Em meio ao caos, o Starbucks surgiu como líder, usando a tecnologia como bote de salva-vidas. Em agosto, três milhões de usuários já haviam baixado o aplicativo da cafeteria e os pedidos online e retiradas via drive-thru passaram a responder por 90% das vendas. À medida que a demanda aumentou, a empresa implementou um sistema de gerenciamento integrado de tíquetes, combinando os pedidos feitos via aplicativo, UberEats e retiradas via drive-thru em um único fluxo de trabalho para os baristas. Além disso, o Starbucks passou a usar uma nova máquina de café expresso, com sensores capazes de rastrear a quantidade de café servido e prever a manutenção necessária. São exemplos poderosos da tecnologia como capacitador central de uma resposta ágil, resiliente e bem-sucedida de uma empresa frente às mudanças.
Há 21 anos, a Accenture analisa sistematicamente o panorama empresarial em busca de tendências emergentes em tecnologia com grande potencial de revolucionar empresas e setores. Para mais informações sobre o estudo deste ano, acesse www.accenture.com/
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