A Capgemini, consultoria líder em soluções de tecnologia, divulga a edição 2022 do Top Trends Payments. O estudo aponta que as 10 principais tendências e inovações que devem ocorrer no segmento de pagamentos ao longo ano, com destaque para as chamadas experiências invisíveis, que tornam as operações e contratações de serviços mais rápidas e fluídas, e as formas de pagamento de última geração, Payments 4.X, transações que não utilizam dinheiro, como PIX, moeda digital, biometria, BNPL, entre outros.
O relatório desenvolvido pelo Capgemini Research Institute ainda demostra que a centricidade do cliente e a cyber segurança permanecem como as questões mais latentes. Entregar ao consumidor a oportunidade de realizar o pagamento da forma que achar mais conveniente, sem precisar, necessariamente, ficar preso aos modelos tradicionais e fazê-lo sentir-se seguro para utilizar dessas novas tecnologias são enormes vantagens competitivas.
“Tanto a questão da conveniência para o cliente como a cyber segurança não são novidades no relatório, mas são temas crescentes. Vivemos uma era em que as pessoas buscam experiências e praticidade na hora de realizar suas compras e é um fenômeno que irá se acentuar cada vez mais. Assim como a questão da segurança, quanto mais pessoas aderirem às modalidades digitais de pagamentos, maior deverá ser o investimento em segurança, em biometria – reconhecimento facial – e em cyber ID. Será inevitável e essencial que os sistemas consigam estabelecer identidades digitais únicas para os consumidores para facilitar ainda mais os pagamentos”, explica Roberto Ciccone, vice-presidente Financial Services da Capgemini Brasil.
Importante ressaltar que essa desintermediação intensa nos pagamentos já está atingindo os lucros das empresas tradicionais estabelecidas que lideraram até aqui esse mercado, sem falar que há um aumento nos custos para poder investir em tecnologia e acompanhar todo o movimento do setor. Enquanto essas organizações tentam equilibrar essa nova equação, as empresas nativas digitais focam em liderar a transição para o Payments 4.X.
As Big Techs têm assumido esse papel e, ao desenvolverem suas próprias soluções de produtos e serviços de pagamento sem cartão, já rivalizam com os bancos. “Essas empresas chamadas Big Techs, que antigamente seu core era tecnologia, entenderam rapidamente que a nova era exige uma plataforma e as empresas podem liberar todo o seu potencial comercial adotando ecossistemas abertos. Maturidade em API, capacidade de dados e recursos aprimorados de processamento de pagamentos formam a base de uma arquitetura de referência robusta que elas já dispunham e era especializadas nisso”, conclui.
Fábio Cossini, líder de Soluções para Bancos da Capgemini Brasil, ainda explica que até o momento, os bancos ainda não aproveitaram o potencial das APIs e do compartilhamento de dados. “Este ano, com o amadurecimento do Open Banking no país, será o período para as instituições financeiras tradicionais capitalizarem seus os modelos de negócios, desenvolverem a interoperabilidade de dados e fortalecerem as APIs para desbloquear novas oportunidades”, afirma.
Para ambos os executivos, o relatório ainda mostra que não há mais como as organizações não aderirem ao ecossistema de dados, seja para gerar redução de custos de estrutura, como para conhecerem melhor a forma de seus clientes realizarem negócios, até para oferecer novos serviços e produtos, com experiência invisível e fluida. “Para as pequenas e médias empresas, a digitalização é um fator de redução de custos e as soluções de nicho, como por exemplo, uma ferramenta de supply chain já trarão embutidas toda a integração com os meios de pagamento, ela já vem preparada para o Open Finance, ou seja, já vem integrada com o a API de determinado banco. Quando precisar fazer, por exemplo, um pix de pagamento, o cliente não precisará sair da solução ou ir ao banco, realizará tudo por esse aplicativo, que marcará automaticamente no sistema todos os dados dessa transação”, diz Cossini.
O estudo completo do Top Trends Payments está disponível aqui. Confira a lista com as 10 principais tendências abaixo:
Foco no Cliente
1 – As formas de pagamento de última geração irão impulsionar o crescimento na era do Payments 4.X
2 – A infraestrutura de Identificação Digital será a chave para que os pagamentos se tornem transparentes
Agilidade de entrada no mercado
3 – D2C e outras propostas inovadoras de instituições não-bancárias capacitam PMEs e comerciantes
4 – Incursão das BigTechs no segmento B2B por meio de parcerias
Ecossistema aberto
5 – As vantagens operacionais e financeiras levam os bancos a adotar ecossistemas abertos
Processo Inteligente
6 – PaaS e modelos de negócios de API baseados em dados ajudam a desbloquear novas fronteiras
Resiliência de Negócios
7 – A segurança cibernética é fundamental, pois os dados se tornam ágeis no futuro do Open Finance
8 – PayTechs se concentram na expansão do mercado e em M&A para melhorar a lucratividade
9 – A consolidação permanece inabalável impulsionada pela necessidade de economias de escala
10 – Crescente interesse em CBDCs exige prontidão para o futuro
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